Discurso e cognição em duas variantes da demência frontotemporal e na doença de Alzheimer
Resumo
Os problemas discursivos consistem nos principais déficits de comunicação das pessoas com demências degenerativas fluentes. Esse fato demanda esforços concentrados da Neuropsicologia para compreender a natureza desses problemas comunicativos e desenvolver avaliações e intervenções eficazes para essas populações. O objetivo deste artigo consiste na revisão de estudos sobre os padrões discursivos na demência do tipo Alzheimer (DTA) e em duas variantes da demência frontotemporal, a variante frontal (DFT) e a demência semântica (DS). Um panorama histórico sobre os estudos da produção discursiva é exposto. Em seguida, o leitor é apresentado aos subtipos de demência enfocados. Finalmente, são discutidas as relações entre as características discursivas e o funcionamento cognitivo e cerebral nessas demências corticais degenerativas fluentes. São traçadas hipóteses sobre os principais fatores cognitivos e cerebrais envolvidos nas alterações discursivas. Infere-se que na DTA, a alteração discursiva tem origem em um distúrbio episódico-executivo; na DFT, a alteração discursiva tem origem em um distúrbio pragmático-executivo; na DS, a alteração discursiva tem origem em um distúrbio semântico-lexical. Palavras-chave: Discurso; cognição; demência frontotemporal; memória semântica; doença de Alzheimer.Downloads
Publicado
2010-05-30
Como Citar
Brandão, L. (2010). Discurso e cognição em duas variantes da demência frontotemporal e na doença de Alzheimer. Neuropsicologia Latinoamericana, 2(1). Recuperado de https://neuropsicolatina.org/index.php/Neuropsicologia_Latinoamericana/article/view/17
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