Funções Executivas na dependência de crack: um estudo de caso

Autores

  • Hosana Alves Gonçalves
  • Caroline Oliveira Cardoso
  • Renata Brasil Araujo

Resumo

A intersecção entre neuropsicologia e psicopatologia ainda é incipiente, principalmente quando se trata do entendimento específico de quais subcomponentes das funções executivas (FE) podem ser afetados por um quadro neuropsiquiátrico como a dependência química. O presente estudo teve como objetivo caracterizar o perfil cognitivo de processamento executivo em um dependente de crack. Uma bateria flexível de testes que avaliam as FE foi utilizada: o teste Wisconsin de Classificação de Cartas – 48 cartões, o Iowa Gambling Task, o Hayling Test e as três modalidades de fluência verbal da Bateria Montreal de Avaliação da Comunicação. Os resultados sugerem uma preservação da maioria dos componentes executivos, como inibição e iniciação verbal, monitoramento, planejamento e flexibilidade cognitiva, porém, parece haver um déficit no componente tomada de decisão. O tempo de abstinência pode ter contribuído para o bom desempenho do paciente na maioria das tarefas. Estudos de grupo ou de casos múltiplos devem ser conduzidos para melhor compreensão da relação de fatores da dependência química com o desempenho em tarefas de FE.

Publicado

2011-08-31

Como Citar

Gonçalves, H. A., Cardoso, C. O., & Araujo, R. B. (2011). Funções Executivas na dependência de crack: um estudo de caso. Neuropsicologia Latinoamericana, 3(2). Recuperado de https://neuropsicolatina.org/index.php/Neuropsicologia_Latinoamericana/article/view/70

Edição

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