Fidedignidade, validade interna e externa da Prova de Reconhecimento de Palavras – Versão Brasileira
Prova de Reconhecimento de Palavras
Palabras clave:
avaliação educacional, deficiências da aprendizagem, dislexia, estudo de validação, psicometriaResumen
Objetivou-se prover fontes de evidências psicométricas de fidedignidade, validade da estrutura interna e validade externa para a Prova de Reconhecimento de Palavras – Versão Brasileira (PRP-BR). Participaram do estudo piloto da Fase 2, planejada para avaliar a efetiva iconicidade dos desenhos, 114 alunos do segundo ao quinto ano do Ensino Fundamental, sem tempo limite. Na Fase 3, participaram 480 alunos do segundo ao quinto ano, com a aplicação da PRP-BR completa (52 itens) sob tempo limite. Compuseram a Fase 4 os 231 participantes que responderam todos os itens. Na Fase 5, 245 participantes do primeiro ao quinto ano responderam a PRP-BR reduzida (43 itens) sob tempo limite. Aplicou-se a PRP-BR de forma individual nos participantes do primeiro ano e de forma coletiva nos do segundo ao quinto ano. O tempo limite de aplicação para o primeiro ao terceiro ano foi de quatro minutos e para o quarto e quinto ano foi de dois minutos. Na Fase 2, todos os itens atingiram o critério de corte de 80% de acerto, o que sugere suas manutenções para os subsequentes estudos de validação. Ao considerar os resultados da Teoria Clássica dos Testes e da Teoria de Resposta ao Item, foram retirados nove dos 52 itens. Como evidência de adequada fidedignidade, o alfa de Cronbach aumentou progressivamente entre as fases deste estudo. Como evidências de validade interna, verificou-se um significante efeito de escolaridade tanto com a versão completa quanto a reduzida em todas as amostras. Apresentou-se evidências de validade externa convergente e de critério, com os resultados estando coerentes com a literatura. Conclui-se que a PRP-BR apresentou satisfatórias fontes de evidências psicométricas de fidedignidade, validade da estrutura interna e validade externa.
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